sábado, 17 de outubro de 2009

Monóxido de carbono e Dióxido de enxofre

Monóxido de carbono
O Monóxido de Carbono (CO) é um gás levemente inflamável, incolor, inodoro e muito perigoso devido à sua grande toxicidade. É produzido pela queima em condições de pouco oxigênio (combustão incompleta) e/ou alta temperatura de
carvão ou outros materiais ricos em carbono, como derivados de petróleo.


Usos
O monóxido de carbono é um agente redutor, retirando oxigênio de muitos compostos em processos industriais (formando
CO2), como na produção de ferro e outros metais a partir de seus minérios e hidrogênio a partir da água. Também se combina com o níquel metálico produzindo um composto volátil que é usado na purificação deste metal (processo Mond). Também é usado na síntese de vários compostos orgânicos, como ácido acético (processo Monsanto), plásticos, metanol e formatos.
Também já foi muito usado como
combustível, sob o nome de gás de síntese, que é feito passando-se vapor de água sobre carvão superaquecido, formando uma mistura de CO, hidrogénio, nitrogénio e dióxido de carbono.
Toxicidade
Forma com a
hemoglobina do sangue um composto mais estável do que ela e o oxigênio, podendo levar à morte por asfixia. A exposição a doses relativamente elevadas em pessoas saudáveis pode provocar problemas de visão, redução da capacidade de trabalho, redução da destreza manual, diminuição da capacidade de aprendizagem, dificuldade na resolução de tarefas complexas ou mesmo matar.
Concentrações abaixo de 400
ppm no ar causam dores de cabeça e acima deste valor são potencialmente mortais, tanto para plantas e animais quanto para alguns microrganismos.
O monóxido de carbono está associado ao desenvolvimento de doença isquémica coronária,pensando-se que esse facto resulte da interferência com a oxigenação do miocárdio e do aumento da adesividade das plaquetas e dos níveis de fibrinogénio o que ocorre particulamente com os fumantes.

Dióxido de enxofre
O dióxido de
enxofre, também conhecido como anidrido sulfuroso, é um composto químico constituído por dois átomos de oxigénio e um de enxofre; a sua fórmula química é SO2 . É um gás denso, incolor, não-inflamável e altamente tóxico e a sua inalação pode ser fortemente irritante.
É produzido naturalmente pelos
vulcões e em certos processos industriais. Na indústria, o dióxido de enxofre serve sobretudo para a produção de ácido sulfúrico, que possui numerosas aplicações como produto químico. É obtido a partir da combustão de enxofre ou de pirites. É ainda um gás emitido na queima de combustíveis em veículos e indústrias juntamente com óxidos de carbono (CO e CO2), e de nitrogênio. É, juntamente com o dióxido de azoto (NO2), um dos principais causadores da chuva ácida, pois, associado à água presente na atmosfera, forma ácido sulfuroso. Por ser prejudicial à saúde e ao meio ambiente limita-se o teor de enxofre presente nos combustíveis de modo a diminuir a emissão desse gás.
O dióxido de enxofre é ainda utilizado como desinfectante, anti-séptico e anti-bacteriano, como agente branqueador e conservador de produtos alimentares, nomeadamente frutos secos, e ainda na produção de bebidas alcoólicas e particularmente no fabrico do vinho. No vinho, o dióxido de enxofre aparece na sua forma livre hidratada H2SO3) ou
ácido sulfuroso. O dióxido de enxofre é utilizado na vinificação pois inibe ou pára o desenvolvimento das leveduras e bactérias, detendo assim a fermentação alcoólica no momento desejado, ao mesmo tempo que assegura a esterilização do vinho. Acresce que o dióxido de enxofre “selecciona” as leveduras necessárias à vinificação, pois estas são mais resistentes que outras presentes no processo mas não desejadas. Nos rótulo das garrafas de vinho normalmente vem especificado que o produto tem INS 220 ou Conservante PV, ou seja, o próprio SO2. Muitas pessoas portadoras de enxaqueca relatam o agravamento da crise após tomar vinhos, mas na verdade a crise é causada por estes conservantes.
O dióxido de enxofre é prejudicial à nossa saúde quando livre no ar.
Dependência da Solubilidade com a Temp.(para SO2 a 1 atm)
22 g/100ml (0 °C)
15 g/100ml (10 °C)
11 g/100ml (20 °C)
9.4 g/100 ml (25 °C)
8 g/100ml (30 °C)
6.5 g/100ml (40 °C)
5 g/100ml (50 °C)
4 g/100ml (60 °C)
3.5 g/100ml (70 °C)
3.4 g/100ml (80 °C)
3.5 g/100ml (90 °C)
3.7 g/100ml (100 °C)

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Aqui tem unção - Damares

Aqui Tem Unção

Aqui tem poder de Deus,esta cheio de glória aqui neste lugar.
Aqui tem unção,aqui tem unção,aqui tem unção,aqui temunção.(bis)

Aqui tem profeta igual a Elias que tem ousadia pradesafiar.
Ele joga a água em cima da lenha,ele ora e Deus faz ofogo queimar.
Aqui tem profeta igual Daniel que com poder do céufaz o leão dormir.
Pra vencer na luta o gigantebandido,tem menino ungido igual a Davi.

Aqui nesta igreja tem homem de fé que esta sempre depé pra luta e vencer.
Com autoridade poder e unção eleergue a mão,faz o inferno tremer.
Tem jovens valentesiguais a Josué,que gritando com fé a muralha caiu, e tem Gideão pra lutar com talento e vencer com trezentos cento e vinte mil

Aqui também tem a mulher virtuosa,mulher corajosa queenfrenta o perigo.
Se alguém ameaça mexer com os seusela conta pra Deus e aponta o inimigo.TemRute,Noemi,tem Débora e Ana, mulheres que clamam e Deus abre o mar, e se não abrir elas não desanimam,passam por cima na unção de Jeová.

Deixa Senhor - Damares

Deixa Senhor

Na hora de Deus
Jesus descerá
Como raio reluzente
Que explode no oriente
Jesus Cristo descerá.

Aquele que é vaso já transborda

Na glória, no poder e na unção
O Espírito de Deus em movimento
Os anjos vão entrando em ação
Tomando a vida imortal
Transformando com um toque sobrenatural
Ossos, carne, sangue, pele e coração.
Quando em corpo glorioso Deus me transformar

Nada nesse mundo me impedirá
De subir no ato
Com asas de anjos e corpo de luz
Em algum lugar nos ares desse céu azul
Encontrarei aquele que morreu na cruz
Diante dos salvos
Diante dos anjos
Direi a Jesus.

Deixa te dizer que eu te amo

Que há muito tempo sonho
Olhar dentro dos teus olhos
E dizer te adoro
Deixa eu beijar O rosto santo
De quem enxugou meu pranto
Na ternura de um sorriso ver o paraíso.
Deixa Senhor

Te falar como é grande
O meu amor por ti
Deixa Senhor
Declarar para o céu
O quanto eu te amo
Deixa, ó deixa
Deixa eu te falar o meu amor
Deixa, ó deixa
Eu dizer que sou O teu adorador.

Equilíbrio Químico







EQUILÍBRIO QUÍMICO:
Quando ocorre uma reação química e sua direta (A + B ------> C + D) e sua inversa (C + D ------> A + B) ocorre simultaneamente, chamamos esta reação de uma reação reversível. Numa reação sem reversibilidade representamos com uma seta; já numa reação reversível, representamos com uma dupla seta.
O equilíbrio é atingido quando a velocidade da reação direta se iguala a velocidade da reação inversa. A principal característica a ser observada num equilíbrio, é que esse equilíbrio é dinâmico, isto é, a reação continua a ocorrer, só que com velocidade direta e inversa equivalente.
AÇÃO DO CATALISADOR SOBRE O EQUILÍBRIO:
Sabemos que o catalisador diminui a energia de ativação, facilitando a ocorrência da reação, aumentando a velocidade da mesma. Com isso, podemos concluir que o catalisador permite que o equilíbrio seja atingido num tempo menor.
CONSTANTE DE EQUILÍBRIO:
- Em função da concentração: (Kc)
a A + b B c C + d D
Kc = [C]c ´ [D]d ¸ [A]a ´ [B]b
Parte superior do formulário
Kc = constante de equilíbrio; [ ] = concentração em mol/L.
Esta equação só pose ser utilizada quando a reação atingir o equilíbrio.
- Em função da pressão parcial: (Kp)
a A + b B c C + d D
Kp = PCc ´ PDd ¸ PAa ´ PBb
Kp = constante de equilíbrio; P = pressão parcial.
DESLOCAMENTO DO EQUILÍBRIO:
» Alteração na concentração:
- Se aumentarmos a concentração dos reagentes, o equilíbrio se deslocará para a direita, isto é, no sentido dos produtos.
- Se aumentarmos a concentração dos produtos, o equilíbrio se deslocará para a esquerda, isto é, no sentido dos reagentes.
- Se diminuirmos a concentração dos reagentes, o equilíbrio se deslocará para a esquerda, isto é, no sentido dos reagentes.
- Se diminuirmos a concentração dos produtos, o equilíbrio se deslocará para a direita, isto é, no sentido dos produtos.
» Alteração na pressão:
Com o aumento da pressão ocorrerá uma diminuição do volume, logo o deslocamento acontecerá no sentido em que houver redução da quantidade de mols.
2 H2 + 1 O2 2 H2O
Reagentes: 2 mols + 1 mol = 3 mols.
Produtos: 2 mols.
Nesta reação, como o produto possui menor quantidade de mols que os reagentes, o deslocamento ocorrerá para a direita, no sentido dos produtos.
Se diminuirmos a pressão, ocorrerá um aumento do volume, logo o deslocamento acontecerá no sentido em que houver um aumento do número de mols; na equação supracitada, se aumentarmos o volume o deslocamento será para a esquerda.
» Alteração na temperatura:
O aumento da temperatura favorece a reação endotérmica. A diminuição da temperatura favorece a reação exotérmica.
CO(g) + NO2(g) CO2(g) + NO(g)
DH= - 56 Kcal.
Como o DH é negativo, a reação é exotérmica. Este DH indica a variação de entalpia da reação direta, logo a reação inversa é endotérmica. Aumentando a temperatura vai favorecer a reação endotérmica (inversa), diminuindo a temperatura vai favorecer a reação exotérmica (direta).

terça-feira, 13 de outubro de 2009

O Petróleo

Petróleo - (do latim petroleum, petrus = pedra e oleum = óleo, do grego πετρέλαιον (petrélaion), "óleo da pedra", do grego antigo πέτρα (petra), pedra + έλαιον (elaion) óleo de oliva, qualquer substância oleosa.), no sentido de óleo bruto, é uma substância oleosa, inflamável, geralmente menos densa que a água, com cheiro característico e coloração que pode variar desde o incolor ou castanho claro até o preto, passando por verde e marrom (castanho). Combinação complexa de hidrocarbonetos, composta na sua maioria de hidrocarbonetos alifáticos, alicíclicos e aromáticos, podendo conter também quantidades pequenas de nitrogênio, oxigênio, compostos de enxofre e íons metálicos, principalmente de níquel e vanádio. Esta categoria inclui petróleos leves, médios e pesados, assim como os óleos extraídos de areias impregnadas de alcatrão. Materiais hidrocarbonatados que requerem grandes alterações químicas para a sua recuperação ou conversão em matérias-primas para a refinação do petróleo tais como óleos de Xisto crus, óleos de xisto enriquecidos e combustíveis líquidos de hulha não se incluem nesta definição. O petróleo é um recurso natural abundante, porém sua pesquisa envolve elevados custos e complexidade de estudos. É também atualmente a principal fonte de energia. Serve como base para fabricação dos mais variados produtos, dentre os quais destacam-se: benzinas, óleo diesel, gasolina, alcatrão, polímeros plásticos e até mesmo medicamentos. Já provocou muitas guerras, e é a principal fonte de renda de muitos países, sobretudo no Oriente Médio. Além de gerar a gasolina que serve de combustível para grande parte dos automóveis que circulam no mundo, vários produtos são derivados do petróleo como, por exemplo, a parafina, GLP, produtos asfálticos, nafta petroquímica, querosene, solventes, óleos combustíveis, óleos lubrificantes, óleo diesel e combustível de aviação
Origem: A hipótese mais aceita leva em conta que, com o aumento da temperatura, as moléculas do querogênio começariam a ser quebradas, gerando compostos orgânicos líquidos e gasosos, num processo denominado catagênese. Para se ter uma acumulação de petróleo seria necessário que, após o processo de geração (cozinha de geração) e expulsão, ocorresse a migração do óleo e/ou gás através das camadas de rochas adjacentes e porosas, até encontrar uma rocha selante e uma estrutura geológica que detenha seu caminho, sobre a qual ocorrerá a acumulação do óleo e/ou gás em uma rocha porosa chamada rocha reservatório.
É de aceitação para a maioria dos geólogos e geoquímicos, que ele se forme a partir de substâncias orgânicas procedentes da superfície terrestre (detritos orgânicos), mas esta não é a única teoria sobre a sua formação. Uma outra hipótese, datada do século XIX, defende que o petróleo teve uma origem inorgânica, a partir dos depósitos de carbono que possivelmente foram formados com a formação da Terra.
História da indústria petrolífera
Antiguidade
Registros históricos da utilização do petróleo remontam a 4000 a.C. devido a exsudações e afloramentos freqüentes no Oriente Médio. Os povos da Mesopotâmia, do Egito, da Pérsia e da Judéia já utilizavam o betume para pavimentação de estradas, calafetação de grandes construções, aquecimento e iluminação de casas, bem como lubrificantes e até laxativo. No início da era cristã, os árabes davam ao petróleo fins bélicos e de iluminação. O petróleo de Baku, no Azerbaijão, já era produzido em escala comercial, para os padrões da época, quando Marco Polo viajou pelo norte da Pérsia, em 1271.
Origens da indústria petrolífera
A moderna indústria petrolífera data de meados do século XIX. Em 1850, James Young, na Escócia, descobriu que o petróleo podia ser extraído do carvão e xisto betuminoso, e criou processos de refinação. Em agosto de 1859 o norte-americano Edwin Laurentine Drake, perfurou o primeiro poço para a procura do petróleo (a uma profundidade de 21 metros), no estado da Pensilvânia. O poço revelou-se produtor e a data passou a ser considerada a do nascimento da moderna indústria petrolífera. A produção de óleo cru nos Estados Unidos, de dois mil barris em 1859, aumentou para aproximadamente três milhões em 1863, e para dez milhões de barris em 1874.
O Oriente Médio
A história da exploração petrolífera no Oriente Médio nasceu da rivalidade entre a Grã-Bretanha e o Império Russo. O barão Julius Reuter (fundador da Reuters) negociara acordos com a Pérsia desde 1872, renovados em 1889, que previam a exploração de petróleo, de maneira a neutralizar os interesses russos na região. Uma vez que o regime czarista temia a aproximação britânica da sua fronteira sul, as suas pressões diplomáticas levaram à anulação destes acordos. Sem desistência britânica, as negociações com Teerã foram retomadas por William Knox d'Arcy. Uma vez que o Xá necessitava de recursos financeiros, acabou sendo assinado um novo contrato, em 28 de maio de 1901. Pelos seus termos, mediante o pagamento de 20 mil libras esterlinas líquidas à vista, idêntico montante em ações e uma percentagem de 16% sobre os eventuais lucros, era garantida a concessão da exploração por 60 anos, sobre dois terços do território do país. Para explorá-la, d'Arcy contratou o engenheiro George Reynolds, que priorizou uma região entre a Pérsia (atual Irã) e a Mesopotâmia (atual Iraque), a cerca de 500 quilômetros do golfo Pérsico. A primeira perfuração iniciou-se em 1902, sob temperaturas de até 50° Celsius à sombra, numa área desértica e inóspita, habitada por tribos nómadas hostis. Finalmente em abril de 1904, uma das perfurações começou a produzir, demonstrando, mesmo em quantidade insuficiente, a existência de petróleo na região.
Os problemas postos à empreitada eram agora financeiros, uma vez que a estimativa inicial de investimento para a perfuração de dois poços havia sido de cerca de 10 mil libras, e em quatro anos de trabalho, d'Arcy já havia investido 200 mil. Necessitando de capital, d'Arcy negociou com a Burmah Oil Company, de Glasgow, a quem cedeu parte das suas ações. De comum acordo foi escolhida uma nova zona de prospecção: a chamada "planície do óleo", a sudoeste de Teerã, perto do Chatt al-Arab. Novamente os gastos mostraram-se pesados: foi necessário abrir uma estrada e o transporte de 40 toneladas de equipamentos e materiais para que se começasse a perfurar, em Janeiro de 1908. Insatisfeita com a falta de resultados, em 14 de Maio, a Burmah Oil determinou que Reynolds abandonasse as perfurações. Em 26 de Maio, entretanto, o petróleo jorrou em Masjed Soleiman. De acordo com a lenda, Reynolds enviou um telegrama à empresa: "Ver Salmo 104, versículo 15, terceiro parágrafo Para custear os pesados investimentos necessários à exploração, transporte e refino do produto, a Burmah Oil fundou em 1909 a Anglo-Persian Oil Company (atual BP), cujas ações dispararam. Foi construído um oleoduto de 225 quilômetros e instalada uma refinaria em Abadã, próximo à fronteira com o Iraque. Entretanto, as dificuldades financeiras retornaram em 1912, quando a companhia esgotou o seu capital de giro. Impunha-se uma fusão com a sua rival, a anglo-holandesa Royal Dutch Shell que, à época dominava o mercado. Entretanto, para o governo britânico à época, o controle sobre o fornecimento de petróleo era estratégico, inclusive porque os programas navais de seu Almirantado, para 1912, 1913 e 1914, estabelecidos para confrontar o Império Alemão, dependiam da construção de navios movidos a óleo, e não mais a carvão. Ao mesmo tempo, no Iraque, a Turkish Petroleum Company, fundada em 1912 por iniciativa da Royal Dutch Shell e do Deutsche Bank (cada um com 50% das ações), em colaboração com o armênio Calouste Gulbenkian manifestava interesse no negócio. Nesse cenário, alguns dias antes da eclosão da Primeira Guerra Mundial, o jovem parlamentar Winston Churchill colocou em votação na Câmara dos Comuns a proposta de nacionalização da Anglo-Persian, através da qual o governo britânico adquiria 50% das ações da companhia pelo montante de 2,2 milhões de libras. Em seguida, os britânicos envidaram esforços para obter a fusão da Turkish com a Anglo-Persian. Ainda em 1914, o novo consórcio passou a ser controlado em 50% pelos ingleses, ficando a Shell e o Deutsche Bank com 25% cada um; 5% dos lucros eram destinados a Gulbenkian, que passou a ser conhecido desde então como o "Senhor 5%". Com a Primeira Guerra Mundial em progresso, a cooperação anglo-germânica para a exploração petrolífera era anulada. Com a rendição alemã e o desmembramento do Império Otomano, as potências vencedoras passaram a controlar o mercado na região. O primeiro-ministro britânico Lloyd George e o presidente do Conselho francês Alexandre Millerand firmaram o acordo de San Remo, através do qual o instrumento do desenvolvimento petrolífero ficou sendo a Turkish Petroleum Company; os franceses receberam a parte alemã da companhia, que havia sido sequestrada pelos britânicos durante a guerra. Em troca, os franceses renunciaram a suas pretensões territoriais sobre Mossul (no norte do Iraque). A Grã-Bretanha, por sua vez, declarou que qualquer companhia privada que explorasse jazidas de petróleo ficaria sob o seu controle. O acordo de San Remo representou um duro golpe para os Estados Unidos da América, que, diante da hegemonia britânica passaram a demonstrar preocupação com o seu abastecimento. Um acordo entre ambas as nações só foi firmado em 1925. Enquanto isso, Faiçal I do Iraque confirmou oficialmente a concessão celebrada em 1912, permitindo o início da prospecção em seu país. Finalmente, a 15 de outubro de 1927, às 3 horas da manhã, perto de Kirkuk, ecoou um imenso estrondo, sucedido por um jorro de petróleo, de 15 metros acima da torre. Para explorá-lo, foi assinado um contrato, em 31 de julho de 1928, no hotel das Termas de Ostrende, nos Países Baixos. Pelos seus termos, estabelecia-se a Iraq Petroleum Company (em substituição à Turkish Petroleum Company) cujo capital foi repartido entre a britânica Anglo-Persian (23,75%), a Companhia Francesa de Petróleos (23,75%), um cartel estadunidense (Gulf, Texaco, Exxon, Mobil, com 23,75%) e os 5% de Gulbenkian. Reunidos, os representantes dessas companhias traçaram uma linha vermelha em torno do território do antigo Império Otomano, onde apenas a Pérsia e o Kuwait foram excluídos. No interior dessa zona, todas as operações petrolíferas deveriam ser desenvolvidas em colaboração entre elas, e apenas entre elas. De acordo com os relatórios dos geólogos à época, a Arábia parecia "desprovida de qualquer perspectiva de petróleo" e a prospecção ali deveria "ser classificada na categoria do puro jogo".

Entretanto, o fato do petróleo ocorrer em abundância na Pérsia e no Iraque indicava que o mesmo podia ocorrer na Arábia, levando a que o neo-zelandês Frank Holmes, com experiência na África do Sul e em Aden, no Iemen, se estabelecesse na pequena ilha de Bahrein. Holmes obteve do xeque local uma concessão para a prospecção de petróleo, em 1925.
Em 1926, com seus recursos esgotados, Holmes propôs vender a sua concessão aos britânicos, mas foi rechaçado, uma vez que, mesmo duvidando da presença de óleo na região, percebiam-no como um intruso. Holmes então dirigiu-se a Nova York e propôs a venda da sua concessão aos estadunidenses, adquirida pela Gulf Oil em 1927. Essa companhia, entretanto tornou-se parte da Iraq Petroleum Company em 1928. Como esta era signatária do acordo da Linha Vermelha, tornava-se impossível para a Gulf operar sozinha no Bahrein. Desse modo, revendeu as suas ações à Standard Oil of California (SOCAL, ex-Standard Oil Company), que havia ratificado o acordo. Essa operação irritou os britânicos, que não admitiam que os estadunidenses se instalassem no Oriente Médio. Sob a égide britânica, os xeques não podiam agir por conta própria. Uma cláusula de nacionalidade britânica era exigida para explorar o petróleo. Para contornar o impedimento, a SOCAL estabeleceu uma filial no Canadá, um território britânico. Um ano mais tarde, convencidos de que não havia petróleo em Bahrein, os britânicos acabaram concordando. As perfurações iniciaram-se, desse modo, em 1931. Em 31 de maio de 1932, uma jazida era descoberta, vindo a inverter o equilíbrio regional e mundial, e criando uma situação que dura até aos dias de hoje. Na Arábia Saudita, em maio de 1933, o rei Ibn Saud, concedeu à SOCAL o direito de exploração do petróleo de seu país por 60 anos, mediante um pagamento de 35 mil peças de ouro. O articulador do mesmo foi Saint John Philby, antigo funcionário britânico do Império das Índias, transformado em conselheiro de Ibn Saud. Derrotados na Arábia Saudita, os britânicos associaram-se aos estadunidenses, um ano e meio mais tarde, em partes iguais, no Kuwait, a última zona de prospecção. As seis primeiras perfurações foram infrutíferas até que, em 1938, vastas reservas foram descobertas no Kuwait e na Arábia.
Mossoró, segunda maior cidade do estado do Rio Grande do Norte e o maior produtor de petróleo em terra do Brasil.[2]
O petróleo no Brasil
No Brasil, a primeira sondagem foi realizada no município de Bofete no estado de São Paulo, entre 1892 e 1896, por iniciativa Eugênio Ferreira de Camargo. Foi responsável pela primeira perfuração, até à profundidade de 488 metros, que teve como resultado apenas água sulfurosa. Em 1932 foi instalada a primeira refinaria de petróleo do país, a Refinaria Rio-grandense de Petróleo, em Uruguaiana, a qual utilizava petróleo importado do Chile, entre outros países. Foi somente no ano de 1939 que foi descoberto óleo em Lobato (Salvador), no estado da Bahia.
Geologia
Esquema de uma bomba para extração de petróleo.
O petróleo está associado a grandes estruturas que comunicam a crosta e o manto da terra, sobretudo nos limites entre placas tectônicas.
O petróleo e gás natural são encontrados tanto em terra quanto no mar, principalmente nas bacias sedimentares (onde se encontram meios mais porosos - reservatórios), mas também em rochas do embasamento cristalino. Os hidrocarbonetos, portanto, ocupam espaços porosos nas rochas, sejam eles entre grãos ou fraturas. São efetuados estudos das potencialidades das estruturas acumuladoras (armadilhas ou trapas), principalmente através de sísmica que é o principal método geofísico para a pesquisa dos hidrocarbonetos. Durante a perfuração de um poço, as rochas atravessadas são descritas, pesquisando-se a ocorrência de indícios de hidrocarbonetos. Logo após a perfuração são
investigadas as propriedades radioativas, elétricas, magnéticas e elásticas das rochas da parede do poço através de ferramentas especiais (perfilagem) as quais também permitem ler as propriedades físicas das rochas, identificar e avaliar a ocorrência de hidrocarbonetos.
Questões políticas e econômicas
Sendo a principal matéria-prima energética e industrial do planeta, uma riqueza distribuída de forma desigual entre os países e um recurso não-renovável, o petróleo se tornou provavelmente a mais importante substância negociada entre países e corporações, e tem sido, a partir do século XX, um fator político importante e causador de crises entre governos, levando explícita ou, na maior parte dos casos, implicitamente a guerras, massacres e extermínios.
Entre os eventos históricos mais importantes que podem ser diretamente ou parcialmente ligados ao petróleo estão:
A crise do petróleo na década de 1970 ,A Primeira Guerra do Golfo ,Diferentes guerras entre os países árabes, inclusive a Guerra Irã-Iraque , A luta pela independência da Chechênia , Guerra Iraque-Estados Unidos (Invasão do Iraque)
Constituintes da destilação do petróleo
Nas refinarias, o petróleo é submetido a uma destilação fracionada, sendo o resultado desse processo separado em grupos. Nesta destilação encontramos os seguintes componentes:
De 20 a 60 °C -> éter de petróleo
De 60 a 90 °C -> benzina
De 90 a 120 °C -> nafta
De 40 a 200 °C -> gasolina
De 150 a 300 °C -> querosene
De 250 a 350 °C -> gasóleo (PT) ou óleo diesel (BR)
De 300 a 400 °C -> óleos lubrificantes
Resíduos -> asfalto, piche e coque
Subprodutos -> parafina e vaselina
Principais países produtores de petróleo Países produtores de petróleo. Valores de produção em 2006, em milhões de
barris por dia:
As 20 maiores reservas de petróleo do mundo
Fonte: Portal de notícias na internet - 14 de abril de 2008 Valores de Reservas em 2007, em bilhões de barris de óleo equivalente:
As 20 maiores reservas de petróleo do mundo.
Países Membros da OPEP2 O Brasil possui reservas não confirmadas que elevariam o total a 96 bilhões de barris, levando o país ao 6o lugar no ranking[3]

Aposto e Vocativo

Apesar do nome deste conceito de análise sintática, o vocativo é um termo isolado da oração que faz parte do seu dia-a-dia. Veja o que é e saiba como identificá-lo. "Ó de casa, posso entrar?"Você já deve ter ouvido essa expressão curiosa e indiscreta. Pois bem, a expressão "ó de casa" no exemplo acima é um vocativo.
Vocativo é a expressão que indica um apelo. Usando um vocativo podemos invocar, no discurso direto, um interlocutor. É por isso que o uso do vocativo marca a existência de um diálogo, real ou imaginário.Podemos ver vários exemplos de vocativos usando a interjeição ó.
Ó meu Deus,que vou fazer agora?
Ó minhas filhas, não me façam sofrer.
Temos o vocativo até no Hino Nacional, você se lembra?
Ó Pátria amada, idolatrada, salve salve!
vocativo é utilizado tanto na linguagem afetiva ou coloquial como na linguagem elevada e poética.Vamos ver como o poeta árcade Tomás Antonio Gonzaga chamou sua amada Marília dentro de seus versos:
“Enquanto pasta alegre o manso gado, minha bela Marilia, nos sentemos à sombra deste cedro levantado.”
O poeta romântico Castro Alves também usou o recurso do vocativo:
Dizei-me vós, senhor Deus!
Na linguagem de todos os dias, o vocativo está sempre presente. Quando redigimos cartas ou bilhetes a alguém, usamos o vocativo. Quer ver?
Querido Paulo:
Espero que você esteja bem.
No caso de cartas comerciais ou ofícios, há possibilidades diferentes de usar a pontuação.
Querido Paulo,[com virgula]
Querido Paulo:[com dois-pontos]
Querido Paulo[sem nada: uma versão mais simples]
O vocativo pode estar no início, no meio ou no fim da oração:
Minha bela, os mares não se movem...
Os mares, minha bela, não se movem...
Os mares não se movem, minha bela...
Sempre, sempre o vocativo aparece isolado entre vírgulas, se estiver no meio da oração. Claro, se estiver no começo, usamos a vírgula depois. Se o vocativo estiver no fim da oração, usamos a vírgula antes.Outra curiosidade, pensando em análise sintática. O vocativo, por se referir a um interlocutor, não está subordinado a nenhum termo da oração. Só mais um detalhe: Não confunda a interjeição ó com oh!, que exprime admiração, alegria ou qualquer outra forte emoção. Depois do oh exclamativo usamos uma vírgula, o que não acontece com o ó vocativo. Oh, céus! Oh, dia! Oh, azar!Ah, só para completar o diálogo no comecinho desse texto:"Ó de casa, posso entrar?""Claro, meu amigo! Estava mesmo pensando em você.""Oh!"






Aposto
Entenda o que é o aposto, um dos termos acessórios da oração, do ponto de vista da análise sintática.A rosa, símbolo da paixão, é uma flor linda. Essa oração também poderia ter sido dita da seguinte maneira, mais simples: "A rosa é uma flor linda". Seria fácil analisá-la sintaticamente.A rosa = sujeitoé = verbo de ligaçãouma flor linda = predicativo do sujeitoTemos uma oração completa. Entretanto, ao adicionar "símbolo da paixão" à oração, ganhamos uma "explicação" a mais. É esse o papel do aposto.
Aposto é o nome que se dá às palavras que cumprem a função de explicar, esclarecer ou resumir um outro termo da oração, sem ocupar uma função sintática.
No famoso "Soneto de Fidelidade", o poeta Vinícius de Moraes refere-se à morte e à solidão da seguinte maneira:
A morte, angustia de quem vive
Aposto
A solidão, fim de quem ama
Aposto
O poeta está definindo a morte e a solidão. Na maior parte dos casos, o aposto tem um sentido explicativo. Ele busca dar maior precisão ao termo que o antecede, explicando melhor o que foi dito anteriormente.Vamos apreciar mais alguns exemplos de aposto.
Todos conhecem Vinicius de Moraes, o poeta.
Cleópatra, a rainha do Egito, era excêntrica.Note agora um fato interessantíssimo. O aposto simplesmente tem a mesma função do termo que o antecede. Nos exemplos acima, Vinícius de Morais seria objeto direto e rainha do Egito seria sujeito.Esquematizando:
Todos conhecem Vinicius de Moraes, o poeta.
Objeto
Cleópatra, a rainha do Egito, era excêntrica.
Objeto
Vamos conhecer alguns outros tipos específicos de aposto:Ele pode ser uma enumeração:
O banho perfumado pede três ingredientes: Rosas vermelhas, óleo de sândalo e cravo-da-india.
Pode ser um resumo do que foi dito anteriormente:
Rosas brancas,champanhe, vermelhas, amarelas e cor-de-rosa, todas têm sua beleza especial.O aposto também pode ser uma comparação:
Suas faces, pétalas de rosa, são delicadas e suaves.


Conclusão:

Aposto é o termo que, acrescentado a outro termo da oração, explica ou esclarece o sentido de um nome; aparece geralmente separado por vírgulas ou depois de dois pontos. O aposto pode ser: - explicativo: Alexandre, presidente do clube, fez a premiação. - enumerativo: Tocaram duas músicas: um samba e um forró. - recapitulativo (resumidor): Os atabaques, os tamborins, as cuícas, tudo ficou lá. - comparativo: “A inflação, monstro devorador dos salários, é sempre uma ameaça...” - especificativo (esse tipo não se separa por pontuação do nome a que se refere): A escritora Lygia Fagundes Telles lançou mais um conto. Vocativo é um termo descolado sintaticamente da oração, não pertence nem ao sujeito, nem ao predicado. Ele serve para invocar o receptor da mensagem. Ex: “... a vida, Luzia, dura só um dia.” (João de Barro) vocativo

A matematica

A Matemática é uma disciplina com características muito próprias, sendo utilizada em praticamente todas as áreas do conhecimento cientifico e, principalmente no cotidiano da sociedade. Contudo, seu ensino nas escolas não dá de forma satisfatória, deixando muito a desejar, principalmente por existir uma notória lacuna entre a Matemática escolar e a praticada no dia-a-dia.IntroduçãoA Matemática ocupa lugar de destaque na vida escolar dos alunos, desde as séries iniciais do ensino fundamental. Seja pela misticidade do mundo dos números, ou das formas geométricas, a Matemática se destaca por possuir uma linguagem própria, que a torna uma disciplina “diferente” quando comparada a outras. E é justamente essa diferença contextualizada na realidade social dos alunos, que faz suscitar a importância da Matemática em seu dia-a-dia, tendo em vista o papel primordial que representa o conhecimento matemático na solução de problemas do cotidiano. Contudo, essa disciplina, nem sempre é abordada satisfatoriamente nas escolas. DesenvolvimentoA Matemática está impregnada na história da humanidade desde seus primórdios, surgindo justamente para suprir as necessidades do cotidiano das primeiras civilizações. Mas no decorrer da história, mitos e tabus foram se criando acerca da disciplina, sendo que alguns ainda habitam o ambiente escolar.Um discurso que se ouvi freqüentemente entre os alunos, a “Matemática é para poucos”, evidencia o tipo da relação entre a disciplina e os mesmos. Como conseqüência desse mito, os alunos que apresentam facilidade no aprendizado da Matemática, são vistos pelos outros como inteligentes, estudiosos, esforçados. Os que os credenciam ao sucesso. Já os alunos com certa dificuldade de aprendizado em Matemática são condenados ao fracasso escolar. Agrega-se a tal fato, ao alto índice de evasão escolar, que segundo dados do MEC, a Matemática é a disciplina que contribui com maior peso para esse fenômeno. Mas o discurso a “Matemática é para poucos” não é de construção recente. Tenório, citado por Silveira (2005) aborda esta questão. Problemas ligados ao inicio das estações podem ter criado a necessidade dos primeiros cálculos (...). Foram eles os primeiros “Matemáticos”, os primeiros calculistas. Os sacerdotes egípcios executavam laboriosas medições a fim de adquirirem um razoável conhecimento acerca das enchentes e vazantes do Rio Nilo. Em seus templos, bem dissimulados, existiam nilômetros, aparelhos que os ajudavam nesse mister. O povo não participava desse trabalho nem conhecia a existência desses instrumentos. Assim, quando os sacerdotes previam determinada enchente vazante, tal previsão era recebida pelo povo aureolada de profecia; por via de conseqüência, os sacerdotes recebiam não apenas reverências reservadas aos profetas e deuses, como, possivelmente mais importante que isto outras homenagens mais materiais como presentes, dinheiro, etc.Desta forma, desde o início, a produção e organização do conhecimento matemático estavam em mãos da classe dominante, já que os sacerdotes constituíam-se em aliados importantes do poder (TENÓRIO, 1995, p. 105).Nesse recorte, fica evidente a presença do misticismo envolvendo o conhecimento matemático, além de tornar evidente o discurso “Matemática é para poucos” data de séculos atrás.Como conseqüência desse discurso, vem à tona um outro: “Matemática é difícil”. Tal discurso ganha força levando-se em consideração que a Matemática é a disciplina responsável pela maioria das reprovações escolares. Até mesmo os próprios professores da disciplina, dizem que a Matemática precisa torna-se fácil, o que pressupõe que ela seja difícil.Certamente o fator que, infelizmente ofusca com mais intensidade a importância da Matemática, é justamente o que deveria o efeito contrario, ou seja, a maneira como a disciplina é lecionada nas escolas. “A ação prática tem ocupado um lugar de primazia onde a filosofia, um pensar no que é essencial, não tem tido uma maior atenção” (MEDEIROS, 1985, p. 13). Nesse contexto, destaca-se um perfil de professor nocivo à fomentação do conhecimento matemático: o autoritário. Aulas limitadas à exposição de conteúdos, em sua maioria sem nenhuma referência à história de sua construção são predominantes nas salas de aula. E para fixação dos conteúdos, os alunos são sujeitos à baterias de exercícios repetitivos, restritos a aplicação de fórmulas imediatas em várias questões quase sempre com os mesmo enunciados. Sendo assim a abstração, uma virtude do conhecimento matemático, tende-se a distanciar cada vez mais dos alunos.A combinação desses fatores impede a aplicação do conhecimento matemático no cotidiano dos alunos, tendo em vista que para utilização da teoria na pratica, torna-se necessária uma base teórica sólida.Logo nas primeiras séries do ensino fundamental é notório a importância do conhecimento matemático na realidade dos alunos. Por exemplo, uma criança quando entende as operações aritméticas, torna-se capaz de encarar as movimentações financeiras de sua realidade, como o troco da passagem de ônibus ou da padaria. E a medida que o aluno avança dentro do ensino básico, torna-se cada vez mais amplo o campo de aplicação do conhecimento matemático em seu cotidiano; tendo-se em vista que um aluno do ensino médio tendo em mente os conceitos de funções, torna-se apto, por exemplo, a construir uma planilha de gastos e receitas em sua casa, o que sem dúvida contribui muito no planejamento do orçamento doméstico.A matemática também pode transformar-se em uma importante ferramenta de mudança social, pois partindo do pressuposto que o aluno assimilou o conhecimento matemático ele é capaz de contextualizá-lo. Por exemplo, um aluno do ensino médio é capaz de compreender o que representa para o país os juros da dívida externa, o saldo da balança comercial, a divisão do orçamento público. E de posse desse conhecimento, tem-se a construção de um senso crítico capaz de questionar as lideranças políticas do país.ConclusãoTorna-se evidente a importância da Matemática no cotidiano dos alunos, mas os mesmos revelam a existência de um abismo entre a Matemática estudada na sala de aula e a que se usa no dia-a-dia. Portanto aquela velha resposta que a Matemática serve para desenvolver o raciocínio já não consegue persuadir os alunos sobre a importância da disciplina, pois com a globalização e a modernização da mídia o acesso dos alunos à informações, antes de modo restrito, torna-se quase instantâneo.Portanto, mais que uma Matemática usada no cotidiano familiar ou profissional, os alunos precisam de uma Matemática que os ajude na solução dos seus problemas, independentemente de sua natureza.
Nos dias atuais, a principal ferramenta utilizada para auxiliar no pensamento é o computador. Este instrumento foi desenvolvido, basicamente, por engenheiros, físicos e matemáticos. Na primeira metade do século XX, a história das máquinas de computação envolveu estatísticos, físicos e engenheiros elétricos em maior número que matemáticos. Máquinas de calcular de mesa e sistemas de cartões perfurados eram indispensáveis para negócios, bancos e para as ciências sociais. A régua de calcular tornou-se o símbolo do engenheiro; integradores de vários tipos eram usados por físicos, geodesistas e estatísticos. A situação mudou por volta de 1940, devido ao envolvimento de matemáticos no esforço de guerra. Embora a maior parte do esforço viesse de físicos e engenheiros, numerosos matemáticos jovens desempenharam um papel no desenvolvimento do computador eletrônico digital automático. Três desses matemáticos são destaques: John Von Neumann (1903-1957), Norbert Wiener (1894-1964) e Alan Turing (1913-1954).
A sociedade atual tem tratado o computador com extrema importância. Com ele, profissionais como cientistas e engenheiros de computação, programadores, analistas de sistemas, etc. têm ocupado posição de destaque. Todos esses profissionais têm como base disciplinas como lógica, algoritmos, estrutura de dados, matemática discreta, geometria, estatística, etc., e todas estas disciplinas estão fundamentadas na matemática descoberta ao longo dos séculos anteriores.
Um profissional de computação que possui conhecimentos em matemática é capaz de resolver problemas profundos, oferecendo soluções claras, organizadas, criativas e eficientes. As empresas têm buscado cada vez mais profissionais com esse perfil, pois os desafios atuais são maiores e exigem conhecimentos mais sólidos. A geometria é uma grande aliada no processo criativo de um profissional em computação, já que facilita a abstração do mundo real, permitindo que novos modelos sejam criados com muita facilidade e precisão.
No universo dinâmico da era atual, não dá para pensar em viver sem os conhecimentos básicos abordados, principalmente no que se refere aos profissionais da área de computação, sejam eles técnicos ou voltados ao gerenciamento de projetos. Esta base é diferencial para os profissionais que querem alcançar o sucesso, mas também é fundamental para a sobrevivência nos dias atuais, diante da quantidade de informações e dos avanços tecnológicos, que são extremamente rápidos. Pode-se dizer então, que para compreender o mundo contemporâneo, é necessário acompanhá-lo. Para isso a matemática, aliada à computação, tornou-se linguagem imprescindível.
A utilização da Matemática em Geologia decorre, na generalidade das situações, do carácter pluridisciplinar da Geologia. Embora dotada de uma metodologia própria e de uma abordagem histórica dos fenómenos que estuda, a Geologia socorre-se da Física e da Química para a interpretação daqueles fenómenos. Nos primórdios da Geologia – quando o termo ainda nem sequer existia ou não passava de um neologismo – a aplicação da Matemática, por via daquelas ciências exactas (em particular da Física), deu lugar a resultados que os «geólogos», racional e sensatamente, não poderiam aceitar. Um caso paradigmático desta situação foi o da avaliação da idade da Terra. Os fundadores de Geologia tiveram de contornar as determinações bíblicas e, por outro lado, tiveram de contestar certos cálculos baseados em «sólidas» leis da Física. Esta dificuldade de validação da Matemática e da aplicação das ciências ditas exactas em Geologia foi-se esbatendo com o tempo. A Matemática é uma ferramenta crescentemente utilizada em Geologia. Este uso da Matemática em Geologia torna-se particularmente importante a partir de meados deste século, em parte, em resultado de crescente aplicação da Física e da Química à Geologia. As crescentes aplicações tecnológicas da Geologia (ou de uma forma mais geral, a crescente necessidade de quantificação) foram um outro factor determinante do uso da Matemática em Geologia. Mas, nesse uso, a Matemática é meramente um instrumento. É um instrumento de cálculo, mas, cada vez mais, um instrumento de aplicação tecnológica e de investigação, através da elaboração de modelos matemáticos e de simulação. Nestes últimos aspectos, foi particularmente importante a introdução e o incremento explosivo da Informática. Nessas modelações e nessas simulações surgem, já, desenvolvimentos, em que a Matemática deixa de ser, em Geologia, um mero instrumento de quantificação ou de linguagem formal, para se converter num agente de construção do conhecimento.

Referências BibliográficasCORTELLA, Mário Sérgio. A Escola e o Conhecimento: fundamentos epistemológicos e políticos. 3ª ed. São Paulo: Cortez/Instituto Paulo Freire, 2000.MEDEIROS, Cleide Farias de. Educação Matemática: Discurso Ideológico que a Sustenta. Dissertação de Mestrado. PUC/SP, São Paulo, 1985.PALIS, Jacob. A importância atual da Matemática. Disponível em: www.jornaldaciência.org.br. Acessado em 27.07.2005.SHIRLEY, Lawrence. Matemática do século XX: o século em breve revista. Disponível em: www.apm.pt/apm/revista/educ60/paraestenumero.pdf., acessado em 27.07.2005.SILVA, Anabela e MARTINS, Susana. Falar de Matemática hoje é. Disponível em: www.ipv.pt/millenium/20.ect5.htm-31k. , acessado em 27.07.2005.SILVEIRA, Maria Rosâni Abreu da Matemática é difícil? Um sentido pré-construído evidenciado na fala dos alunos. Disponível em: www.anped.org.br , acessado em 27.07.2005.